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A Lenda de Tarzan

A Lenda de Tarzan

O título A Lenda de Tarzan (The Legend of Tarzan, 2016) é absolutamente adequado para este filme e se justifica já na primeira cena em que nos encontramos com o personagem criado por Edgar Rice Burroughs. Tarzan (Alexander Skarsgård), ali, é John Clayton, o Lorde de Graystoke em um esforço para se sentir civilizado entre os homens que lhe pedem que volte ao Congo onde foi criado entre os animais. Diante de suas negativas – que passam pela reafirmação de sua identidade europeia – George Washington Williams (Samuel L. Jackson) se levanta e resume todo o estereótipo do Rei das Selvas conhecido em poucas frases. Ou seja, lhe impõe sua lenda e reafirma seu status cultural dentro e fora da trama. Leia mais

“007 contra Spectre” coloca “Era Craig” em perspectiva

“007 contra Spectre” coloca “Era Craig” em perspectiva

“007 contra Spectre” começa com um plano-sequência, uma cena que só terá um corte depois de um longo tempo, no Dia dos Mortos, na Cidade do México. O recurso serve para criar um clima de tensão crescente, já que o corte serve como uma espécie de alívio para quem assiste, o que é apropriado para um filme de espionagem. Mas não dá para começar um filme, ainda mais um thriller, ainda mais no México, com um plano-sequência sem evocar “A Marca da Maldade”, clássico de Orson Welles. É dali que James Bond (Daniel Craig) sairá com sua primeira pista envolvendo a sinistra organização Spectre, que é responsável pelas grandes movimentações dos últimos tempos. Aí está, afinal, a marca da maldade. Leia mais

Grandes Olhos

Tim Burton fez em Grandes Olhos o seu melhor filme em anos. Sem dúvidas o mais interessante desde Peixe Grande e Suas Histórias Maravilhosas, de 2003. É curioso que este também seja um dos trabalhos mais distantes dos seus típicos maneirismos estéticos, que basicamente resgatam de forma cartunesca o expressionismo alemão de diretores como FW Murnau e Fritz Lang. Leia mais

Em “Django Livre” Tarantino faz mais do que homenagear faroestes

Quentin Tarantino, no final catártico de “Bastardos Inglórios”, fez uma declaração aberta. Ele acredita que o cinema é uma ferramenta poderosa, capaz de mudar o estado das coisas. Em “Django Livre” ele leva essa tese a um limite ainda inédito em sua carreira. Mais do que fazer a homenagem fetichista aos filmes de faroeste, Tarantino quer, aqui, dar uma oportunidade simbólica de revanche para os negros escravizados pelos EUA no século 19. E isso não é pouca coisa. Leia mais