Era uma questão de tempo até que alguém resolvesse fazer uma versão (mais ou menos) para adultos da fábula de “João e Maria”, cujo formato mais conhecido é o escrito pelos irmãos Grimm. Então, não é de todo mal que quem tenha resolvido fazer essa versão tenha sido o norueguês Tommy Wirkola. Afinal de contas, a brincadeira aqui é simplesmente usar a fábula como mote para um monte de cenas de ação malucas. Leia mais
Arquivojaneiro 2013
Quentin Tarantino, no final catártico de “Bastardos Inglórios”, fez uma declaração aberta. Ele acredita que o cinema é uma ferramenta poderosa, capaz de mudar o estado das coisas. Em “Django Livre” ele leva essa tese a um limite ainda inédito em sua carreira. Mais do que fazer a homenagem fetichista aos filmes de faroeste, Tarantino quer, aqui, dar uma oportunidade simbólica de revanche para os negros escravizados pelos EUA no século 19. E isso não é pouca coisa. Leia mais
“Amor” parece a tentativa de Michael Haneke de fazer um filme um pouco mais tranquilo. Isso significa que, ao invés de nos dar um soco na boca e nos arrastar semiconscientes pelo caminho, como em “Violência Gratuita”, “Cache” e “A Fita Branca”, ele apenas nos toma pela mão e nos conduz, um bocado mais suavemente. E, creia-me, a comparação só parece injusta se você não assistiu aos filmes dele. Leia mais
Um herói caricato, um vilão ainda mais caricato e uma trama cheia de pequenas reviravoltas. Nada além do necessário para fazer de “Jack Reacher – O Último Tiro” divertido e descompromissado, como um thriller de ação estrelado por Tom Cruise deve ser. E, se há algo a se apontar neste filme, é que ele não chega a ser tão divertido quanto o último “Missão: Impossível”. Leia mais
Antes de começar a sessão da pré-estreia de “A Saga Crepúsculo: Amanhecer – Parte 2” foi exibido o trailer de “A Viagem”. Seis minutos de um passeio onírico pelos diferentes tempos e personagens buscando apresentar a trama e seus desdobramentos através da bela fotografia, de forma que o espectador médio não se sentisse acuado pela narrativa potencialmente complexa. Ao final da prévia, quando o narrador brasileiro anuncia, em sua voz gutural, “A Viagem”, um rapaz em uma fileira atrás de mim, provavelmente de mau humor por estar acompanhando a namorada para ver “Crepúsculo” em uma sessão que começava à meia-noite, completou em tom jocoso: “na maionese”. Leia mais
É incrível que no mesmo ano em que a Pixar lança seu “filme de princesa”, a Disney tenha finalmente entendido como funcionam as animações no novo milênio. Isso é provado por “Detona Ralph”, seu mais novo trabalho, que, pela primeira vez, traz um roteiro coeso, que respeita adultos e crianças e, acima de tudo, é extremamente divertido, sem recorrer a vilões caricatos ou a romances forçados. Leia mais