Arquivomaio 2016

Game of Thrones – The Door

Game of Thrones - The Door

Texto com spoilers. Leia por conta e risco.

Chegamos na metade desta sexta temporada. A tensão construída ao longo dos últimos capítulos começa a entrar em ebulição. Ao mesmo tempo fé e política começam a se misturar de forma perigosa, criando uma dinâmica própria cujas reais implicações só deverão ficar claras mais adiante. The Door nos dá um primeiro vislumbre do abismo para onde se dirigem os personagens de Game of Thrones. Guerra e obscurantismo estão no horizonte na forma de governos e religiões, um casamento que se manifesta em diferentes estágios de aproximação por toda Westeros. Leia mais

Game of Thrones – Book of the Stranger

Game of Thrones - Book of the Stranger

O texto é longo e cheio de spoilers.

Daenerys Targaryen (Emilia Clarke) ressurge mais poderosa do que nunca neste quarto episódio da sexta temporada de Game of Thrones. Não apenas pela sua vitória triunfal diante do obscurantismo e tradições Dothraki, mas pela habilidade com que seu mais novo aliado, Tyrion Lannister (Peter Dinklage), lidou com a crise dos escravos em Meereen durante sua ausência. A Mãe dos Dragões reafirmou seu dom como conquistadora – em um paralelo diretamente ligado ao final da primeira temporada – ao mesmo tempo em que, através do conselheiro, ganhou o que lhe faltava: articulação política. Leia mais

Game of Thrones – Oathbreaker

Game of Thrones - OathbreakerGame of Thrones - Oathbreaker

O texto é longo e cheio de spoilers.

Eis mais um episódio em que o título norteia boa parte das sequências. Não há nenhuma revelação chocante, como no final dos dois últimos capítulos, mas alguns bons diálogos e a consonância temática em relação à ideia de “quebra de juramento” garantiram a qualidade geral. É esta preocupação que ajuda a manter a coerência em uma série que está tão fragmentada em linhas narrativas que não se cruzarão até pelo menos a metade desta temporada. Leia mais

Capitão América: Guerra Civil

Capitão América: Guerra Civil

É bem possível que do ponto de vista narrativo Capitão América: Guerra Civil (Captain America: Civil War, 2016) só faça sentido dentro do contexto do Universo Cinematográfico Marvel. Ou seja, o arco de desenvolvimento de personagens não se resolve dentro do intervalo das duas horas e meia de projeção, mas sim em perspectiva em relação aos demais filmes. Por um lado isso é desimportante, já que as bilheterias dos últimos 12 filmes implica que bem poucas pessoas estarão perdidas na trama; por outro talvez seja o que torne a nova aventura dos heróis da Marvel algo mais. Podemos até mesmo arriscar a palavra transcendental. Leia mais

Game of Thrones – Home

Game of Thrones - Home

Texto com spoilers. Leia por conta e risco.

A diferença entre o primeiro episódio e este segundo é radical. No que aquele era recaptulatório, este avança a trama. Aquele foi panorâmico, este profundo. O primeiro buscava apenas nos situar diante das várias linhas narrativas; este, até quando faz o mesmo, apresenta uma nova dimensão da história ou dos personagens. Por mais importante que The Red Woman tenha sindo, Home é o capítulo que queríamos ver, afinal, desde o ano passado. Leia mais

Ave, César!

Ave, César!

Há muito de reflexão cinematográfica no trabalho dos irmãos Coen. Não apenas nas farsas mais óbvias, como Barton Fink – Delírios de Hollywood (Barton Fink, 1991), sobre um roteirista de sucesso na Broadway que sofre para escrever cinema, ou E Aí, Meu Irmão, Cadê Você? (O Brother, Where Art Thou?, 2000), uma versão cômica e atualizada da Odisseia de Homero e portanto uma paródia de toda narrativa ocidental. Mas principalmente em filmes como Fargo (1996), um anti-noir, e Inside Llewyn Davis: Balada de um Homem Comum (Inside Llewyn Davis, 2013), uma desconstrução de normas de roteiro. Ave, César! (Hail, Caesar! 2016), pois, segue esta mesma linha: é tanto carta de amor quanto revisão crítica do cinema clássico e da grande Era dos Estúdios em um só tempo. Leia mais