Arquivojunho 2013

“Universidade Monstros” foge da mesmice ao pegar o caminho mais difícil

“Universidade Monstros” tinha tudo para ser apenas correto, especialmente dentro do histórico da Pixar – “Wall.E”, “Toy Story”, etc. Engraçado, claro. Charmoso, sem dúvidas. Mas quando ele transforma seu clímax em um anti-clímax, estendendo a narrativa e pervertendo uma previsível lição de moral – porque as animações substituíram as fábulas como formadoras morais das nossas crianças -, ele se torna algo um pouco mais interessante e importante do que um blockbuster de meio de ano. Leia mais

“O Lugar Onde Tudo Termina” reflete sobre os ciclos da vida

Há um incômodo claro em relação a “O Lugar Onde Tudo Termina” para o espectador médio. São três atos completamente distintos, ainda que interligados, que mais lembram a estrutura de peças do teatro clássico, ou mesmo longos romances que abraçam períodos extensos das vidas de seus personagens. Isso, aliado ao fato de que o filme é um drama pesado, sem deixar claro quem é mocinho e quem é bandido, não facilita para quem está mais acostumado a blockbusters atravessar as mais de duas horas de exibição. Mas o resultado final, se houver uma chance, pode ser recompensador. Leia mais

Park Chan-wook estreia bem no cinema americano com “Segredos de Sangue”

Em geral, quando um diretor com uma pegada extremamente autoral, vindo de outros países, faz sua estreia em Hollywood, a coisa não é boa. Walter Salles e seu “Água Negra” estão aí para provar isso. Mas essa não é uma regra e “Segredos de Sangue”, do coreano Park Chan-wook, é a evidência disso. Se você conhece sua “Trilogia da Vingança” (“Simpatia Pelo Senhor Vingança”; “Oldboy”; e “Lady Vingança”), bem como “Sede de Sangue”, vai reconhecer todas as marcas do diretor aqui. Leia mais

“Antes da Meia-Noite” lida com questões mais maduras que antecessores

Julie Delpy e Ethan Hawke em Antes da Meia-Noite

Eles eram jovens que se encontraram e se amaram e tinham a vida toda pela frente. Agora eles já não são mais tão novos assim e uma boa parte de seu tempo já passou. E isso tem um peso enorme sobre suas (nossas?) vidas. Especialmente porque quanto mais velhos ficamos, menos tempo gastamos com nós mesmos, mas com filhos, trabalho, contas e assim por diante.

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“O Grande Gatsby” não faz jus à obra de Fitzgerald

Em geral é injusto com um filme fazer comparações com a obra literária que lhe deu origem. Mas quando se trata de um livro tão importante e com tantos méritos quanto “O Grande Gatsby”, de F. Scott Fitzgerald, um dos maiores romances americanos do século 20 (em minha modesta opinião), a injustiça é com o livro. E, considerando que em todo um mundo de histórias de amor em que Baz Luhrmann poderia se apoiar para fazer seus exercícios de estilo ele resolveu escolher justamente a história de Jay Gatsby, a responsabilidade da injustiça fica com o diretor. Leia mais