É injusto dizer que “R.I.P.D. – Agentes do Além” é uma mistura de “MiB” com “Os Caça-Fantasmas”, como se está dizendo muito por aí. É, afinal, uma mistura de “MiB” com “Ghost”. Mas não é uma combinação pura, já que o que temos aqui não é o melhor dos dois filmes, senão apenas as aparências. Porque, na verdade, uma versão de “MiB” com fantasmas, tinha tudo para dar certo. Leia mais
Arquivosetembro 2013
É de se admirar a ambição de tentar levar para os cinemas o épico gaúcho “O Tempo e o Vento”, escrito por Erico Veríssimo. Os vários tomos, agrupados em três lançamentos – “O Continente”, “O Retrato” e “O Arquipélago” – fornecem muitos personagens, tramas, subtramas e cenários para que se almeje uma transposição total ou fiel. A saída, então, envolve escolher algo dentro disso, que tenha início, meio e fim, com um arco bem desenhado, para render duas horas de projeção. Leia mais
Vez ou outra uma comédia americana surpreende a ponto de ser bem engraçada. Foi o caso de “Porks”, “Quem Vai Ficar Com Mary”, “American Pie”, de “Penetras Bons de Bico” e de “Se Beber, Não Case!” e de tantas outras. Ainda é cedo para dizer se “Uma Família do Bagulho” tem potencial para tanto, especialmente no Brasil que foi brindado com esse título que força um pouco a amizade – e seu péssimo trocadilho auto-referêncial diz mais sobre as distribuidoras nacionais do que sobre o filme. Mas que há potencial, há. Leia mais
Veja a conversa do POP com Jaime Monjardim, Marjorie Estiano e José Henrique Ligabue sobre a adaptação cinematográfica da obra de Érico Verissimo. Leia mais
Assim como “Distrito 9″, filme anterior do diretor Neil Blomkamp, “Elysium” é uma ficção científica com uma clara crítica social. Mas, ao contrário do primeiro, que usava uma metáfora mais discreta, do opressor tomando a forma e o lugar do oprimido, aqui não há sutileza. Há uma mensagem a ser entregue ao espectador e todos os elementos, estéticos ou narrativos, são uma desculpa para o fazer. Leia mais
Não é a primeira, nem será a última, vez que veremos um filme que irá se prestar a homenagear os clássicos de máfia – filmes que, de “Scarface”, de 1932, à “Os Infratores”, do ano passado, habitam os cinemas. Mas poucas vezes isso foi feito com tanta graça quanto em “A Família”. E pode colocar até mesmo “A Máfia no Divã”, interpretada pelo mesmo Robert De Niro, que, desde “Cassino”, é capaz de, mesmo dormindo, construir um mafioso convincente. Leia mais
Não há nada de novo em “A Invocação do Mal”. Na verdade, uma forma de ver o filme é como uma colagem de vários outros filmes de horror, especialmente aquele subgênero específico que envolve uma família que resolve se mudar para uma casa nova, sem se dar conta de que lá foi palco de atos terríveis. A outra forma é notar como esses elementos são combinados de forma harmônica, buscando algo além do que sustos fáceis, mas a criação de um clima de tensão que vai crescendo, pouco a pouco, ao longo do filme. Leia mais
Há algo de sublime na rivalidade. Essa beleza acaba sendo passada para as obras de ficção que abraçam o tema. Não apenas em produções focadas em esportes, celeiro natural do assunto, mas em toda narrativa que enfoca competições – das melhores às piores – já que parte da tensão envolve colocar pólos opostos disputando o mesmo objetivo. Mas “Rush: No Limite da Emoção” – e uma única menção ao subtítulo tosco da versão brasileira é mais do que suficiente – eleva a noção de rivalidade para outro patamar, mais elevado, do ponto de vista cinematográfico.
O maior elogio possível a “O Ataque” é definí-lo como uma espécie de “Duro de Matar na Casa Branca”. Isso porque boa parte das melhores características do clássico de Bruce Willis estão aqui presentes. E são justamente elas que fazem com que “O Ataque” paire ligeiramente acima da média do cinema de ação descerebrado hollywoodiano. Mas apenas ligeiramente. Leia mais
Fazer uma biografia implica em enfrentar uma série de armadilhas narrativas. Isso porque o tema é uma vida humana, com todas as suas nuances, incogruências e contradições, que precisará ser resumida em coisa de duas horas. Existem formas de se fazer isso sem se perder. Sem cair nessas armadilhas. “Jobs”, infelizmente, não é um bom exemplo disso.