Arquivonovembro 2017

Atômica

Atômica

Atômica (Atomic Blonde, 2017) não é o filme que pensa que é. Tampouco é o filme que quer ser. O patamar que estabeleceu para si próprio é alto demais para ser bem sucedido. A seriedade com que encara o tema remete a O Espião que Sabia de Mais (Tinker, Tailor, Soldier, Spy, 2011), de Tomas Alfredson, o melhor filme de espionagem recente; sua estética, um pop-neon oitentista, deve tudo a Driver (2012), de Nicolas Winding Refn; e, se isso já não for o bastante, chega a citar nominalmente Stalker (1979), de Andrei Tarkovski, com uma sequência de luta iluminada pela tela de cinema que exibe a obra do mestre soviético. Não ser tão bom quanto estes outros trabalhos, porém, não torna Atômica descartável. Leia mais