Agora que passamos pelo terceiro capítulo desta quinta temporada de “Game of Thrones” parece seguro afirmar que a dinâmica e ritmo da série mudaram um pouco. Ao invés de 10 episódios-bomba que caminham para um clímax lá pelo nono, devemos ter uma crescente de tensão que culminará neste ápice. A ideia dos produtores e roteiristas talvez seja a de valorizar o grande momento da narrativa. Saberemos em algumas semanas se valeu a pena. Leia mais
Quando retomamos o contato com nosso grupo de heróis favorito, eles estão no que deveria ser sua missão final: desmantelar a última grande base da H.I.D.R.A. e finalmente recuperar o cetro usado por Loki em “Os Vingadores”. A abertura já cheia de ação tem uma função tripla na trama. Nos situar em relação à história, já que há um salto temporal considerável entre o fim dos últimos filmes-solo do Homem de Ferro, Thor e Capitão América; nos empolgar, deixando bem claro que este é um filme com bastante adrenalina; e deixar bem claro o nível de entrosamento da equipe em ação, já que a função de “Era de Ultron” é acabar com isso. Leia mais
Política é a palavra de ordem do segundo episódio desta quinta temporada de “Game of Thrones”. Se o capítulo anterior indicava um reposicionamento das peças do tabuleiro, agora é hora de traçar a estratégia. São arranjos que servem para dar um novo propósito para personagens que até então estavam sem rumo claro. Leia mais
Mesmo “Capitão América 2: O Soldado Invernal”, o mais adulto dos filmes da Marvel até agora, é voltado para adolescentes. A relevência de sua temática (a legitimidade de agências de vigilância se voltarem para o povo americano) não esconde o tom cartunesco das lutas coreografadas ou a bidimensionalidade do personagem de Chris Evans. Em “Agents of S.H.I.E.L.D.” e “Agent Carter” (ainda que este último tenha bons momentos e faça uma apropriada discussão sobre gênero), seus produtos para a televisão, não foram muito além. Até agora. Leia mais
O episódio que abre nova temporada de “Game of Thrones” funciona como um epílogo de tudo o que aconteceu na anterior. Sua função narrativa é menos o de amarrar pontas soltas do que de reestabelecer o clima de onde deixamos os personagens um ano atrás. Essa é, afinal, daquelas séries que quanto mais dúvidas temos, mais nos divertimos. Leia mais
Quando encontramos Larry “Doc” Sportello pela primeira vez ele está deitado no sofá de sua casa, curtindo o que parece ser o final de uma onda de maconha, naquele estado entre o sono e o acordar. A primeira coisa que ele precisa decidir quando vê Shasta Fey Hepworth, sua ex-namorada e claramente muita areia para seu caminhãozinho, a sua frente é decidir se é uma alucinação pós-chapação, ou se ela é de verdade. Quando a segunda possibilidade se confirma fica bem claro que a razão dela estar ali só pode significar uma coisa: problema. Leia mais
Aquele sentimento incômodo que insiste em nos dizer que nós não somos exatamente adequados para a vida que estamos vivendo no momento é a matéria de que “Unbreakable Kimmy Schimidt” é feito. No centro, claro, está a personagem título, vivida com graça e um tempo de comédia únicos por Ellie Kemper, finalmente tendo um papel à altura de seu talento. Ela é uma das quatro mulheres que foram raptadas pelo reverendo Richard Wayne Gary Wayne (a identidade do ator que o interpreta é revelada só mais ao final da série) e passaram 15 anos dentro de um abrigo vivendo com a certeza de que o apocalipse havia chegado e o mundo queimava com a fúria do Senhor. Leia mais
Um vez que chegou no topo da carreira política, resta ao agora presidente Francis “Frank” Underwood, novamente vivido por Kevin Spacey, se manter no cargo pelo tempo que conseguir. Esse é o foco da terceira temporada de “House of Cards”, série da Netflix que consolidou o serviço de streaming como uma força a ser levada a sério no competitivo universo do entretenimento televisivo dos EUA. Leia mais
“Preste atenção!”, parece gritar a diretora Ava DuVernay logo no começo de Selma: Uma Luta Pela Igualdade. Fazer suas imagens explodirem (literalmente) em nossa cara nos tira da apatia potencial que envolve assistir a mais uma cinebiografia. Com isso, ela evita o problema mais básico de um filme sobre alguém como Martin Luther King, que é deixar o lado panfletário se tornar maior e mais importante do que o artístico. Leia mais
A diretora Sam Taylor-Johnson operou um milagre com sua adaptação de Cinquenta Tons de Cinza. O livro, que é base para a narrativa, é uma versão erótica da Saga Crepúsculo, trocando a fantasia sobrenatural pelo sado-masoquismo, além dos nomes dos personagens e outras situações, evitando assim o processo. Partindo arbitrariamente do princípio de que todos os defeitos sejam uma espécie de herança maldita do material de origem, o resultado é muito melhor do que a encomenda.