A lenta sucessão de paisagens nevadas do Wyonming sugere que Os Oito Odiados (The Hatefull Eight, 2015) é um filme anormalmente árido em relação ao cinema de Quentin Tarantino. Assim como nestes cenários não há humanos no filme, relação de sentido coroada com a estátua do Cristo crucificado coberta de neve. A diligência que leva os personagens vai para um lado; Jesus, entre o amargurado e o envergonhado, olha para outro. Leia mais
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Alexander Payne parece ter trabalhado sua carreira para chegar em “Nebraska”. Seus filmes anteriores, “Sideways” e “Os Descendentes” sugerem isso, ao menos. O primeiro trata do momento que antecede a construção de uma família e o segundo é sobre o que é necessário para mantê-la unida. E esse último leva isso adianteo. É sobre como somos um subproduto de nossos pais e como encarar isso de frente é tão difícil quanto necessário. Mais do que uma continuidade, há um ciclo temático.
Francis Ford Coppola resolveu brincar de metalinguagem e o resultado é “Twixt” – batizado no Brasil como “Virgínia”. E quando alguém como Coppola abraça a metalinguagem, é preciso ter olhos e ouvidos atentos, porque coisas bastante sérias e importantes sobre a arte de contar uma história irão aparecer.