Denso, introspectivo, provocativo e auto-consciente. Essas são quatro das características centrais de “Entre Nós” e que se tornam ainda mais impressionantes por serem absolutamente raras no cinema nacional, em geral verborrágico, externo e leviano. Por isso, os diretores Paulo e Pedro Morelli, pai e filho, alcançam algo mais do que o drama doméstico que têm em mãos como ponto de partida. O que fazem é um duro comentário sobre a ressaca da geração brasileira pós-84.
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“Entre Nós” é um filme raro no Brasil de 2014. Introspectivo, sensível e bonito. E, talvez mais importante, todo esse efeito planejado. Ao menos é o que parece na fala de Paulo Morelli, co-diretor, que falou um pouco sobre seu trabalho em uma entrevista por telefone.