Há muito de reflexão cinematográfica no trabalho dos irmãos Coen. Não apenas nas farsas mais óbvias, como Barton Fink – Delírios de Hollywood (Barton Fink, 1991), sobre um roteirista de sucesso na Broadway que sofre para escrever cinema, ou E Aí, Meu Irmão, Cadê Você? (O Brother, Where Art Thou?, 2000), uma versão cômica e atualizada da Odisseia de Homero e portanto uma paródia de toda narrativa ocidental. Mas principalmente em filmes como Fargo (1996), um anti-noir, e Inside Llewyn Davis: Balada de um Homem Comum (Inside Llewyn Davis, 2013), uma desconstrução de normas de roteiro. Ave, César! (Hail, Caesar! 2016), pois, segue esta mesma linha: é tanto carta de amor quanto revisão crítica do cinema clássico e da grande Era dos Estúdios em um só tempo. Leia mais
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Não é difícil entender porque “Tomorrowland” não foi bem nas bilheterias americanas, tendo recuperado pouco mais de um terço de seu orçamento inicial (de US$ 190 milhões). É um filme que aponta o dedo à nossa cara e diz como nosso consumo exagerado está causando a ruína do planeta. E que não apenas somos alertados, como transformamos esses alertas em piada ou em outros ativos de consumo. Que não estamos interessados em nenhuma solução que envolva algum tipo de mobilização. Leia mais
O espírito de “Caçadores de Obras-Primas”, seu coração, está no lugar certo. Já faz um tempo que o cinema parece clamar por um filme de guerra com a leveza de um “M.A.S.H.” ou “Hogan`s Heroes”. Mas a execução, infelizmente, deixa a desejar justamente porque esse clima mais suave não é abraçado em sua plenitude. O que acontece é que, quando ele resolve ficar mais pesado, dando um certo choque de realidade, o tom é tão deslocado que o estranhamento é inevitável.
De tempos em tempos, um filme consegue, por motivos e caminhos misteriosos, se destacar da mesmice hollywoodiana. São desses raros encontros entre uma narrativa poderosa e imagens estonteantes, combinadas com atuações convincentes, ritmo, trilha, e muitas outras questões que são ora técnicas, ora estéticas, ora tudo isso e mais. Filmes que justificam todo o aparato da sala de cinema, além da parafernália dos últimos anos: 3D, IMAX e sistema de som anabolizado.
“Gravidade” é um desses.
Tim Burton não voltou para um terceiro filme. E, sem ele, mais ninguém de sua equipe. Então a Warner teve que começar do começo, chamando um diretor escolado: Joel Schumacher. Se você viveu nos anos 90, deve ter visto pelo menos um dos dois batfilmes dirigidos por ele. Então é difícil tratá-lo como uma escolha esperta, especialmente depois da trilogia do Nolan. Mas a verdade é que Schumacher era um diretor extremamente promissor, vindo de grandes sucessos de público e bilheteria, além de serem clássicos modernos, como “Linha Mortal” e “Um Dia de Fúria”. Isso fora o melhor filme de vampiro a figurar nas tardes da televisão aberta: “Os Garotos Perdidos”.
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As eleições americanas começam bem antes do voto final. O primeiro passo, por lá, é a eleição dos candidatos de cada partido, Democratas e Republicanos, no caso. A campanha é a mesma da final. Debates, comícios, apertos de mão, propaganda, jantares e fotos com bebês. Tudo para garantir o direito de representar seu partido nas urnas e, assim, ser obrigado a passar por tudo novamente. Leia mais