Logo na primeira sequência de “O Agente da U.N.C.L.E.”, fica claro que estamos diante de um filme que está interessado em ser cinema. Napoleon Solo (Henry Cavill) precisa passar pelo Checkpoint Charlie, do lado ocidental para o oriental de Berlim. Com alguns closes e cortes rápidos, ficamos sabendo que ele está atento a tudo o que está a sua volta. Quer dizer que os enquadramentos e movimentos de câmera são tão importantes para contar a história e apronfundar as características e relações entre os personagens quanto os diálogos ou as tramas em si. Esta talvez seja a primeira vez, depois de 20 anos de carreira como diretor, que os maneirismos de Guy Ritchie, herdados do auge da era do videoclipe, tenham sido usados em favor da narrativa e do estabelecimento de um clima dramático sólido. Leia mais