Tag - Jake Gyllenhaal

“Nocaute” ganha por pontos

“Nocaute” ganha por pontos

O interesse cinematográfico no boxe é meio óbvio. Os filmes terminam com uma grande luta, que é a materialização dos confrontos internos do personagem. Todos os seus conflitos se tornam feridas ensanguentadas, socos que explodem em suor e que exigem toda força do protagonista, que mal consegue ficar de pé. Uma luta de boxe no clímax ajuda, e muito, na hora de nos colocar na ponta da cadeira, segurando a respiração, esperando que, a cada soco, um dos dois lutadores caia, finalmente, em câmera lenta, rumo à lona. Isso explica a quantidade de (grandes) longas que colocam boxeadores no centro de suas tramas, movimento que desemboca neste “Nocaute”. Leia mais

O Abutre

O Abutre

A primeira coisa que salta aos olhos em O Abutre é o mergulho dado por Jake Gyllenhaal em seu personagem, Louis “Lou” Bloom, uma figura que abraça a perversão da lógica do sonho americano como pouco se viu no cinema. Isso também se estende em menor escala para Rene Russo, que na pele da editora de TV Nina Romina fica deslumbrada com as imagens da violência da madrugada de Los Angeles capturadas por Bloom e especialmente com a audiência vinda à reboque. Logo fica claro, porém, que isso é apenas a superfície das relações que o filme pretende estabelecer. Leia mais

“Os Suspeitos” mostra como estamos dispostos a quebrar as regras

Em dado momento, não muito longe do começo do filme, Grace diz para Loki, o policial encarregado do caso, – papéis de Maria Bello e Jake Gyllenhaal – que sua filha está apenas escondida, como em uma brincadeira de criança que não mede as consequências de seus atos. O oficial pergunta se há algo que a leva a crer que isso seja verdade e ela responde que só pode ser isso, tem que ser isso. O que não é dito, porém, é que ela precisa se apegar a essa ideia com todas as suas forças, porque a alternativa é terrível demais. É desse tipo de subtexto, repleto de silêncios que são mais profundos que os diálogos, é de que é feito “Os Suspeitos”. Leia mais

“Contra o Tempo” é uma interessante ficção científica

Imagine o cenário: você acorda em um trem, alguém começa a te chamar por um nome que não é o seu. Você olha no espelho e não reconhece o rosto que vê ali refletido. Você não entende o que está acontecendo, nem o que está fazendo ali. Até que um desastre acontece. E aí, você acorda em um lugar completamente diferente. Só para, em pouco tempo, viver toda a história do trem novamente. Leia mais