“007 contra Spectre” começa com um plano-sequência, uma cena que só terá um corte depois de um longo tempo, no Dia dos Mortos, na Cidade do México. O recurso serve para criar um clima de tensão crescente, já que o corte serve como uma espécie de alívio para quem assiste, o que é apropriado para um filme de espionagem. Mas não dá para começar um filme, ainda mais um thriller, ainda mais no México, com um plano-sequência sem evocar “A Marca da Maldade”, clássico de Orson Welles. É dali que James Bond (Daniel Craig) sairá com sua primeira pista envolvendo a sinistra organização Spectre, que é responsável pelas grandes movimentações dos últimos tempos. Aí está, afinal, a marca da maldade. Leia mais
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Quando foi lançado, dez anos atrás, o vigésimo 007, ainda com Peirce Brosnan, a ideia dos produtores foi rechear o filme com diversas referências à própria série. Agora, quando a franquia comemora 50 anos, o lançamento de “007 – Operação Skyfall”, o 23.° Bond oficial, aparece no mesmo espírito, revisitando a história, tanto tematicamente quanto “espiritualmente”. Mas este é um filme da era de Daniel Craig, mais séria e mais adulta, o que quer dizer que as homenagens têm um fundo mais simbólico e com consequências mais profundas que simplesmente repetir a saída do mar de Ursula Andress em “007 – Contra o Satânico Dr. No”. Leia mais
Depois de quatro filmes discutindo o lugar de James Bond no mundo contemporâneo, chegou a vez de mudar tudo. Afinal, o Bond de Pierce Brosnan não fazia sentido em uma sociedade que tinha visto tanto a queda das Torres Gêmeas (e toda a paranoia ocidental decorrente) quanto a “Trilogia Bourne”, que mudou tudo em relação ao cinema de espionagem. Foram quatro anos entre “007 – Um Novo Dia Para Morrer” e “007 – Cassino Royale”, o tempo necessário para compreender essas mudanças.
Para que serve James Bond em um mundo que não está mais polarizado entre duas superpotências atômicas? Essa é a pergunta-chave para colocar os quatro filmes do 007 protagonizados por Pierce Brosnan, no final da década de 90 e primeiros anos 2000, em perspectiva. E mais: pensar sobre essa pergunta ajuda a entender como esses mesmos quatro longas foram tão importantes para a consolidação da “era Daniel Craig”. Leia mais
Os anos 80 já caminhavam para seu final, a Guerra Fria chegava a um acordo, que dava uma certa vitória moral para o ocidente, e, além do fato de Roger Moore já estar ficando velho, o mundo precisava de um James Bond um pouco diferente. O jeitão mais debochado dos últimos filmes não funcionaria em uma sociedade que via salas de cinema se encherem para assistir Arnold Schwarzenegger e Sylvester Stallone. Leia mais
O nível de popularidade, depois dos filmes estrelados por Sean Connery (e George Lazenby, vai), de James Bond estava tão alto, que o primeiro com Roger Moore, “Com 007 Viva e Deixe Morrer”, garantiu ninguém menos do que Paul McCartney para compor e executar a música de abertura. Não que o ex-Beatle tenha feito mal negócio. “Live And Let Die” é, até hoje, uma de suas canções mais populares e conhecidas, especialmente fora do quarteto de Liverpool. Leia mais
Um sucesso literário não passa incólume pelo cinema. Daí a necessidade de se fazer um filme de James Bond, considerando o quanto os livros escritos por Ian Flemming centrados no personagem estavam vendendo na época, já em 1962. Chamaram Sean Connery, galã relativamente desconhecido, com apenas 32 anos e pinta de um Cary Grant britânico. A fórmula deu tão certo que ele reprisou o personagem outras seis vezes. Leia mais
Espião condecorado, arma central da inteligência britânica, além de muito inteligente e extremamente charmoso, tendo feito um imenso sucesso com as mulheres. Essas são características que são atribuídas, geralmente, a James Bond, o espião mais famoso da ficção ocidental. O que pouca gente sabe é que estes mesmos predicados são aplicáveis a seu criador, o ex-agente da inteligência britânica, escritor e jornalista Ian Fleming. Leia mais