É fácil pensar que Rua Cloverfield, 10 (10 Cloverfield Lane, 2016) faz uma defesa da paranoia como forma de sobrevivência. O bunker montado por Howard (John Goodman) para se proteger em caso de uma eventual guerra nuclear, invasão marciana ou qualquer outra de suas obsessões conspiratórias salva não apenas sua própria vida, como também a dos jovens Michelle e Emmett (Mary Elizabeth Winstead e John Gallagher Jr.). Mas logo fica claro que a ameaça do desconhecido, presente do lado de fora das instalações, se revela preferível ao horror que está entre eles. Leia mais
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O maior pecado de Trumbo – Lista Negra (Trumbo, 2015) é estar muito aquém do talento de seu biografado, o roteirista Dalton Trumbo (Bryan Cranston), responsável por grandes clássicos hollywoodianos como A Princesa e o Plebeu (Roman Holliday, 1953), Spartacus (1960) e Johnny Vai à Guerra (Johnny Got His Gun, 1971) este seu único crédito como diretor. Falha como biografia ao não se decidir entre o drama familiar, a comédia de bastidores de Hollywood e o comentário social, ainda que seja relevante por conta deste último. Leia mais
O espírito de “Caçadores de Obras-Primas”, seu coração, está no lugar certo. Já faz um tempo que o cinema parece clamar por um filme de guerra com a leveza de um “M.A.S.H.” ou “Hogan`s Heroes”. Mas a execução, infelizmente, deixa a desejar justamente porque esse clima mais suave não é abraçado em sua plenitude. O que acontece é que, quando ele resolve ficar mais pesado, dando um certo choque de realidade, o tom é tão deslocado que o estranhamento é inevitável.
Primeiro, uma recomendação: se você é dessas pessoas que têm problemas com avião, que passa a maior parte dos voos rezando baixinho, de olhos fechados, que dá um grito a cada solavanco e que pode até desmaiar com uma turbulência, talvez seja melhor não ver “O Voo”. Isso porque o mote do filme envolve uma queda de um avião, cuja tragédia maior é evitada pelo piloto `Whip` Whitacker, interpretado por Denzel Washington. E, de verdade, essa cena é sensacional. O que pode ser um problema, caso você seja uma dessas pessoas descritas na primeira frase. Leia mais
Com “Argo”, Ben Affleck deixa de ser um dos diretores mais promissores trabalhando em Hollywood, para se tornar um dos melhores diretores trabalhando em Hollywood. Sua trajetória por trás das câmeras sempre foi uma possibilidade, desde que estourou coescrevendo, junto de Matt Damon, o roteiro de “Gênio Indomável”, e ganhando um Oscar por isso. Ali ele já demonstrava boa mão para a narrativa, mas resolveu focar em sua carreira como ator. Felizmente, mudou de ideia alguns anos atrás, fazendo o bom “Medo da Verdade” e o ótimo “Atração Perigosa”. Mas “Argo”, seu terceiro filme, está em outro patamar. Leia mais