Carece de verificação, mas parece que há um subgênero dentro do cinema inglês que, desde “Cova Rasa”, de 94, busca retratar o Reino Unido (toda a Europa, talvez?) como um lugar que não tem pessoas muito boas. Todas habitantes de um perverso submundo de crime, drogas e violência. Ou que não tiveram acesso às ferramentas e oportunidades para serem melhores. Esse cinema ainda tenta, sem sucesso, superar seu auge, que foi “Trainspotting”, do mesmo Danny Boyle, mas segue com bons exemplos, como “Bronson”, de 2008, “Filth”, do ano passado, e este “A Recompensa”. Ainda que, sejamos justos, de todos os citados neste parágrafo, o tema desta resenha seja, justamente, o que mais tenha defeitos interentes.
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Enquanto estava fazendo a pesquisa para preparar sua adaptação de “Anna Karenina”, o grande clássico de Leon Tolstói, o diretor Joe Wright leu, em uma obra de Orlando Figges, que a aristocracia russa do século 19 eram “pessoas vivendo em cima de um palco, onde tudo era encenado”. Daí que – em parte também pelo orçamento limitado – veio a ideia de situar a maior parte do filme em um teatro. E isso fez toda a diferença no modo como somos reapresentados a esse clássico da literatura russa. Leia mais
Uma das grandes vantagens de “Sherlock Holmes: O Jogo das Sombras” é que já devem ter acabado, a essa altura, as reclamações questionando a fidelidade ou não em relação à obra original de sir Arthur Connan Doyle. Teoricamente, isso ficou no passado, preso aos textos e conversas de boteco cometidos na época do primeiro filme. Dessa forma, os roteiristas tiveram mais liberdade para, a partir do gancho deixado, soltar a mão, mas não sem fazer várias referências e homenagens ao personagem, facilmente reconhecíveis para os leitores dos contos e romances originais. Leia mais