Denso, introspectivo, provocativo e auto-consciente. Essas são quatro das características centrais de “Entre Nós” e que se tornam ainda mais impressionantes por serem absolutamente raras no cinema nacional, em geral verborrágico, externo e leviano. Por isso, os diretores Paulo e Pedro Morelli, pai e filho, alcançam algo mais do que o drama doméstico que têm em mãos como ponto de partida. O que fazem é um duro comentário sobre a ressaca da geração brasileira pós-84.
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Heitor Dhalia passou um tempo em Hollywood e, pelo jeito, tirou mais deles, em conhecimento ao menos, do que se esperava pelo suspense “12 Horas”. “Serra Pelada” aprende a ser cinematográfico – hollywoodiano, se preferir – sem abrir mão do comentário social, tão caro ao (bom) cinema nacional. A esperteza está em usar o ambiente hostil junto do pano de fundo histórico, os últimos anos da Ditadura Militar, para fazer um filme que alterna entre o faroeste e o gângster. Leia mais