O maior pecado de Trumbo – Lista Negra (Trumbo, 2015) é estar muito aquém do talento de seu biografado, o roteirista Dalton Trumbo (Bryan Cranston), responsável por grandes clássicos hollywoodianos como A Princesa e o Plebeu (Roman Holliday, 1953), Spartacus (1960) e Johnny Vai à Guerra (Johnny Got His Gun, 1971) este seu único crédito como diretor. Falha como biografia ao não se decidir entre o drama familiar, a comédia de bastidores de Hollywood e o comentário social, ainda que seja relevante por conta deste último. Leia mais
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Logo depois das charmosas vinhetas das produtoras em versão vintage setentista vem a primeira imagem de “Trapaça”: um close da agora proeminente barriga de Christian Bale – até outro dia perfeitamente em forma para viver o Batman. A câmera, depois, sobe para seu ritual de preparação do cabelo, já que ele é careca e usa o que sobrou dos lados para cobrir o topo. É desse fetiche, o da entrega de seus atores, que vive agora David O. Russell, o diretor. Não que ele esteja errado em ter orgulho do trabalho na hora de escolher e preparar seu elenco, além do subsequente resultado disso. Mas é uma pena que a história seja relegada em segundo plano.