Quando foi publicado, em 1943, “O Pequeno Príncipe” não foi um libelo antiguerra. Ao menos não direta ou intencionalmente, mesmo se baseando nas memórias de Antoine de Saint-Exupéry como piloto na Primeira Guerra Mundial e tendo sido lançado no meio da Segunda. Mas há uma relação profunda, via oposição, entre os sentimentos que o Pequeno Príncipe evoca, aprendendo e ensinando, e o conflito armado. Basta notar a sensação de isolamento que o Aviador — alter-ego do autor na obra e, portanto, um piloto da Primeira Guerra — sentia no deserto antes de o Príncipe lhe devolver a humanidade, o que envolve a conexão com seu lado infantil. Afinal, poucas coisas são tão adultas quanto a guerra. Leia mais