“007 contra Spectre” começa com um plano-sequência, uma cena que só terá um corte depois de um longo tempo, no Dia dos Mortos, na Cidade do México. O recurso serve para criar um clima de tensão crescente, já que o corte serve como uma espécie de alívio para quem assiste, o que é apropriado para um filme de espionagem. Mas não dá para começar um filme, ainda mais um thriller, ainda mais no México, com um plano-sequência sem evocar “A Marca da Maldade”, clássico de Orson Welles. É dali que James Bond (Daniel Craig) sairá com sua primeira pista envolvendo a sinistra organização Spectre, que é responsável pelas grandes movimentações dos últimos tempos. Aí está, afinal, a marca da maldade. Leia mais
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Quando foi lançado, dez anos atrás, o vigésimo 007, ainda com Peirce Brosnan, a ideia dos produtores foi rechear o filme com diversas referências à própria série. Agora, quando a franquia comemora 50 anos, o lançamento de “007 – Operação Skyfall”, o 23.° Bond oficial, aparece no mesmo espírito, revisitando a história, tanto tematicamente quanto “espiritualmente”. Mas este é um filme da era de Daniel Craig, mais séria e mais adulta, o que quer dizer que as homenagens têm um fundo mais simbólico e com consequências mais profundas que simplesmente repetir a saída do mar de Ursula Andress em “007 – Contra o Satânico Dr. No”. Leia mais