Trash: A Esperança Vem do Lixo

Trash

Quando uma coisa é maquiada para parecer melhor em uma vistoria, aqui no Brasil, falamos que é “para inglês ver”. O que transforma Trash: A Esperança Vem do Lixo em uma espécie de piada pronta conceitual, já que dois ingleses, Stephen Daldry e Richard Curtis, diretor e roteirista respectivamente, resolveram fazer um comentário (superficial) sobre a miséria e a política brasileiras.

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O Homem Mais Procurado

Philip Seymour Hoffman em O Homem Mais Procurado

Tome como base as últimas adaptações de livros de John le Carré: Em 2001 foi O Alfaiate do Panamá, de John Boorman; em 2005, O Jardineiro Fiel, de Fernando Meirelles; e em 2011, O Espião Que Sabia Demais, de Tomas Alfredson. Por isso o anúncio de O Homem Mais Procurado gerou bastante expectativa, ainda que – veja bem – boa parte do exercício de crítica envolva suprimir a expectativa e a ansiedade antes de um filme. Adianto agora que esta nova versão para os cinemas está, pelo menos, na média de seus antecessores. O que, convenhamos, é mais do que muitos filmes conseguem chegar.

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Garota Exemplar

Garota Exemplar

A épica abertura de Anna Karenina, clássico de Tolstoi, se aplica muito bem à Garota Exemplar: “Todas as famílias felizes são iguais. As infelizes o são cada uma à sua maneira”. Abro esse texto com essa frase porque os Dunne, que estão no centro da trama do filme, são infelizes de um jeito particularmente único. O resultado é um thriller que da mesma forma encontra poucos pares na história do cinema. Especialmente o contemporâneo.

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Os Boxtrolls

Os Boxtrolls

Os outros trabalhos do estúdio Laika, Coraline e o Mundo Secreto e ParaNorman, já traziam um discurso engajado em suas tramas. Especialmente o segundo, que coloca, por exemplo, um personagem abertamente gay para o centro da trama. Mas agora, com Os Boxtrolls, eles resolveram fazer – com muita graça diga-se – uma declaração aberta de intenções.

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O Protetor

O Protetor

O combo entre Denzel Washington e o diretor Antoine Fuqua gera certa expectativa por conta de Dia de Treinamento, neo-clássico que rendeu um Oscar para o ator. Mas O Protetor, ainda que tenha lá seus bons momentos, não consegue atender ao hype. A culpa é mais da direção, que pesa a mão em alguns maneirismos bestas e sem sentido, do que as atuações – estas sim, dignas de nota.

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Mesmo Se Nada Der Certo

Mesmo Se Nada Der Certo

Quando as músicas de Dave Kohl (Adam Levine, o vocalista do Maroon 5) vão parar na trilha de um filme, ele recebe o convite de uma gravadora para ir a Nova York. Gretta (Keira Knightley), sua namorada e parceira em algumas composições, vai junto. No começo, tudo é uma grande aventura e ambos estão em êxtase com todas as novidades. Mas a fama e a vida dele de rock star logo os afasta, ela decide voltar para casa, até que se encontra com o produtor Dan (Mark Ruffalo).

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Mizoguchi e o olhar divino em A Vingança dos 47 Ronins

A Vingança dos 47 Ronins

Como conto, a história dos 47 Ronins ganhou certo destaque por conta de Ronin, filme de 1998, dirigido por John Frankenheimer e estrelado por Jean Reno e Robert De Niro. Em determinado momento, enquanto estão refugiados, um dos heróis da trama ouve a história dos samurais que perdem seu mestre e partem em um plano de vingança um ano depois. É o diálogo que justifica o título do filme, que não tem, à rigor, nada a ver com o Japão Feudal.

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Muitos acertos e poucos erros tornam “X-Men: Dias de um Futuro Esquecido” memorável

X-Men: Dias de um Futuro Esquecido

O futuro mostrado na sequência de abertura de “X-Men: Dias de um Futuro Esquecido” reforça a temática central da série, que é sua mensagem mais forte. A do absurdo da intolerância ao diferente. É por isso que começamos vendo uma espécie de campo de concentração para mutantes – aparentemente alijados de seus poderes – no meio de Manhattan.

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“Godzilla” usa o monstrão para criar metáfora sócio-política

Godzilla

Depois de errar miseravelmente em 98, os americanos voltam agora a tentar uma nova versão de “Godzilla”, o lagarto-rei dos filmes de destruição em massa. E, vejam só, acertam. O que eles fazem para acertar é, basicamente, criar uma mitologia entorno do personagem e colocar os humanos em primeiro plano, não esquecendo de dar o devido peso para o drama das pessoas que vivem nas cidades arrasadas pela passagem dos monstros – questão fundamental em um mundo pós 11 de setembro e pós tsunamis na Ásia.

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Discursos inflamados de Jude Law são a alma de “A Recompensa”

A Recompensa

Carece de verificação, mas parece que há um subgênero dentro do cinema inglês que, desde “Cova Rasa”, de 94, busca retratar o Reino Unido (toda a Europa, talvez?) como um lugar que não tem pessoas muito boas. Todas habitantes de um perverso submundo de crime, drogas e violência. Ou que não tiveram acesso às ferramentas e oportunidades para serem melhores. Esse cinema ainda tenta, sem sucesso, superar seu auge, que foi “Trainspotting”, do mesmo Danny Boyle, mas segue com bons exemplos, como “Bronson”, de 2008, “Filth”, do ano passado, e este “A Recompensa”. Ainda que, sejamos justos, de todos os citados neste parágrafo, o tema desta resenha seja, justamente, o que mais tenha defeitos interentes.

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