Tim Burton fez em Grandes Olhos o seu melhor filme em anos. Sem dúvidas o mais interessante desde Peixe Grande e Suas Histórias Maravilhosas, de 2003. É curioso que este também seja um dos trabalhos mais distantes dos seus típicos maneirismos estéticos, que basicamente resgatam de forma cartunesca o expressionismo alemão de diretores como FW Murnau e Fritz Lang. Leia mais
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Em uma genial tira em quadrinhos, Bill Waterson, através de seu Calvin, definiu o amor como uma “série de reações físico-químicas que têm como função a perpetuação da espécie” (cito de cabeça). O que parece fazer sentido, já que é o amor que forma famílias e leva à procriação. Exceto quando não faz. O que é bastante comum, na verdade. Há uma série de questões no amor que não respondem à biologia. É um problema de outra ordem. E é desse tipo de problema que é feito o belo “Ela”, mais novo filme de Spike Jonze.
Logo depois das charmosas vinhetas das produtoras em versão vintage setentista vem a primeira imagem de “Trapaça”: um close da agora proeminente barriga de Christian Bale – até outro dia perfeitamente em forma para viver o Batman. A câmera, depois, sobe para seu ritual de preparação do cabelo, já que ele é careca e usa o que sobrou dos lados para cobrir o topo. É desse fetiche, o da entrega de seus atores, que vive agora David O. Russell, o diretor. Não que ele esteja errado em ter orgulho do trabalho na hora de escolher e preparar seu elenco, além do subsequente resultado disso. Mas é uma pena que a história seja relegada em segundo plano.
É possível que o grande acerto de “O Homem de Aço” envolva um profundo aprendizado do erro central de “Lanterna Verde”: dar super-poderes para a pior pessoa possível. Imagine que o capitão do time de futebol americano, o cara que pratica bulling ou um babaca qualquer, além de ter tudo nas mãos ainda ganha poderes cósmicos. Superman não é exatamente o cara que pratica bulling, mas ele é, ao menos, o escoteiro, o filho perfeito. Os poderes mais sublinham sua perfeição do que simbolizam algum tipo de tormento. Leia mais
Pelo trailer já dá para saber que tipo de filme vamos ver em “Curvas da Vida”. Muito porque já vimos este filme algumas tantas vezes antes. Porque é o filme do homem velho e sua filha que precisam se reconciliar. Mas também é o filme do amor improvável entre duas pessoas de mundos diferentes que, surpreedentemente, têm muito em comum (até que haja um desencontro). E também é um filme sobre conflitos de gerações, e sobre como não se deve simplesmente descartar pessoas mais velhas e seus métodos, em favor de novas tecnologias. Leia mais