A sequência de abertura de Dois Caras Legais (The Nice Guys, 2016) deixa clara quais as temáticas que interessam Shane Black, diretor e co-roteirista ao lado de Anthony Bagarozzi. Um garoto pega uma edição da Playboy debaixo da cama dos pais que estão dormindo. Ao andar pela casa escapa por pouco de um carro que atravessa as paredes rumo ao quintal. Lá, agonizante e nua, está a modelo que estampa a capa da revista, ao lado do carro capotado prestes a pegar fogo. A cena colide inocência infantil, sexo e violência, a combinação de ouro do cinema hollywoodiano desde sempre. Leia mais
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Um bando de australianos foi convocado em nome da Coroa Britânica para lutar na Turquia durante a Segunda Guerra Mundial. A Batalha de Gallipoli, como ficou conhecida, apareceu pouco no cinema, talvez pelo fato de os americanos não terem lutado lá. “Gallipoli”, clássico de Peter Weir, de 1981, com um jovem Mel Gibson, é das honrosas exceções. “Promessas de Guerra”, filme que marca a estreia como diretor de Russell Crowe, também no papel central, tenta retomar o assunto, mostrando que lá na distante e exótica Austrália também há cicatrizes dessa guerra. Leia mais
Considerando que vivemos em um país de maioria cristã, é bem difícil que você nunca tenha ouvido falar dessa história: Noé, um dos primeiros homens, recebe a missão divina de proteger a criação de um dilúvio vindouro, que purificaria a Terra de todo mal – leia-se: homens. Mas para Darren Aronofsky esse é apenas um ponto de partida para questionar as escolhas humanas, feitas pela fé, ou pela falta dela.
É de se espantar que a mesma pessoa que ganhou um Oscar de Melhor Roteiro Adaptado por “Uma Mente Brilhante” cometa uma falha tão básica neste “Um Conto do Destino”. A maior parte dos problemas do filme existem pela incapacidade de Akiva Goldsman, roteirista premiado e ainda que estreante na direção de longas, perceber que alguns diálogos e situações que são perfeitamente possíveis no papel, não se traduzem bem no cinema.
Antes da metade da exibição, “Os Miseráveis” encontra o seu ápice. É no corajoso take sem cortes, com a câmera fechada em seu rosto, que Anne Hathaway, encarnando a prostituta Fantine, canta a icônica “I Dreamed a Dream”. É a cena-resumo do filme, do ponto de vista estilístico, além de ser a melhor de todo o longa. Mas se o que vem antes e depois desta cena não consegue ser melhor do que isso, não quer dizer que esse todo seja ruim. Leia mais