POP entrevista – Roberto Santucci, diretor de “Até que a Sorte nos Separe”

POP entrevista – Roberto Santucci, diretor de “Até que a Sorte nos Separe”

Tudo começou com uma ideia da Paris Filmes e da Gullane, produtoras do longa. De olho nas altas vendagens do livro de autoajuda “Casais Inteligentes Enriquecem Juntos”, de Gustavo Cerbasi, resolveram que deveria virar filme. Aí entrou na história o diretor Roberto Santucci, que tinha acabado de vir do sucesso “De Pernas pro Ar”, a convite das produtoras, que conversou com o POP por telefone.

“Chamei meu parceiro Paulo Cursino, que já tinha trabalhado comigo em ‘De Pernas pro Ar’, e a primeira resposta foi ‘não dá mesmo!’. Mas depois fomos quebrando a cabeça, vimos que o material falava de vários casais, e o Paulo tinha vontade de usar a coisa da Mega Sena. Foi aí que pensamos em fazer uma comédia. Além disso, por conta do bom momento econômico do Brasil, o tema era propício.” Os dois, então, levaram essa ideia para as produtoras, que se interessaram de pronto.

“Aí, pensamos em dois casais para marcar o contraponto. Trouxemos dois atores do teatro [Kiko Mascarenhas e Rita Elmor] e dois da comédia [Leandro Hassum e Danielle Winits].” Mas, ainda que os outros tenham seu espaço em tela, o filme é bem centrado em Hassum, o que Santucci justifica dizendo que as pessoas podem até se surpreender. “Quando você vai ver o Hassun, e ele exagera e faz rir, tem tudo isso também. Mas você acaba vendo o Hassum emocionando também”, diz em referência ao arco final que carrega um pouco mais no tom dramático.

Santucci está agora fazendo “De Pernas pro Ar 2” e logo depois parte para “Dia dos Namorados”, que ele mesmo classifica como uma “comédia de encomenda”. Quando perguntado se é essa a sua vocação, ele diz: “Eu quero ser diretor. E não dá para ser diretor sem dirigir nada. Claro que eu gostaria de fazer mais um ‘Bellini’ [em referência a “Bellini e a Esfinge”], mas ninguém me dá dinheiro para isso. Eu nunca consegui aprovar nenhum projeto de incentivo à cultura. Mas essas comédias são o que dá para trabalhar agora.”

Aproveitando o gancho, Santucci falou de um novo “Bellini”. “Já fizeram um segundo, sem mim [“Bellini e o Demônio”, dirigido por Marcelo Galvão]. Agora a gente está se preparando para relançar “Bellini e a Esfinge” em Blu-Ray. Eu super toparia fazer mais um, e o produtor [Theodoro Fontes] também quer. Mas ainda não há nada de concreto.”

Publicado originalmente no Portal POP.

 

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Luiz Gustavo Vilela

Luiz Gustavo Vilela é jornalista formado pela PUC-Minas, especialista em Comunicação e Cultura pela UTFPR, mestre e doutorando em Comunicação e Linguagens pela UTP. Entre 2011 e 2015 foi crítico de cinema no Portal POP.

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