Há um motivo simples pelo qual “O Filho de Deus” não funciona como filme, ainda que seja um retrato relativamente fiel da vida de Jesus Cristo. Não há um grande conflito a ser resolvido, para nenhum personagem. E isso vale especialmente para o Central, que, por conhecer seu destino, nada teme ou questiona. Se funciona como versão da Bíblia para quem não tem paciência de ler ou quer revisitar os evangelhos, não apenas é outra conversa como também não é a função desse texto resolver.
Arquivoabril 2014
Adaptação de livro para jovens adultos ambientado em futuro pós-apocalíptico distópico com protagonista feminina deixa de ser um caso isolado de “Jogos Vorazes” e se torna uma tendência com “Divergente”. Sai de cena a extremamente talentosa Jennifer Lawrece e entra a talentosa o suficiente Shailene Woodley. O que se mantém igual é o uso desse artifício como uma metáfora, tão simples quanto superficial, sobre a sociedade contemporânea. Mas a coisa funciona um bocado menos para essa tentativa.
O primeiro amor é um tema recorrente no cinema. Especialmente porque ele acontece na adolescência, a época em que somos mais inseguros, irritantes e irritáveis. O despertar da sexualidade, o lento processo de auto-conhecimento – que a desinformação não ajuda -, as provocações e implicâncias de outros que só querem esconder suas próprias fragilidades e a presença dos pais que parecem ter esquecido que já foram um dia, também, adolescentes, não ajudam em absolutamente nada.
Hipócrita, por uma definição simples, é aquele que diz algo mas pratica seu contrário. Nesse sentido, o Capitão América, o personagem, representa aquilo que os EUA dizem que são. Ou, no limite, aquilo que querem ser como país. O mérito desse novo filme, “Capitão América 2: O Soldado Invernal”, está em colocar o herói, símbolo de liberdade, patriotismo, justiça e igualdade, em choque direto com o as práticas opostas a isso. E, claro, tudo enfeitado com cenas de ação que são de tirar o fôlego.
Considerando que vivemos em um país de maioria cristã, é bem difícil que você nunca tenha ouvido falar dessa história: Noé, um dos primeiros homens, recebe a missão divina de proteger a criação de um dilúvio vindouro, que purificaria a Terra de todo mal – leia-se: homens. Mas para Darren Aronofsky esse é apenas um ponto de partida para questionar as escolhas humanas, feitas pela fé, ou pela falta dela.