Atômica (Atomic Blonde, 2017) não é o filme que pensa que é. Tampouco é o filme que quer ser. O patamar que estabeleceu para si próprio é alto demais para ser bem sucedido. A seriedade com que encara o tema remete a O Espião que Sabia de Mais (Tinker, Tailor, Soldier, Spy, 2011), de Tomas Alfredson, o melhor filme de espionagem recente; sua estética, um pop-neon oitentista, deve tudo a Driver (2012), de Nicolas Winding Refn; e, se isso já não for o bastante, chega a citar nominalmente Stalker (1979), de Andrei Tarkovski, com uma sequência de luta iluminada pela tela de cinema que exibe a obra do mestre soviético. Não ser tão bom quanto estes outros trabalhos, porém, não torna Atômica descartável. Leia mais
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Nostalgia é a matéria de que é feito “Mad Max: Estrada da Fúria”. Já se passaram três décadas desde que “Além da Cúpula do Trovão” chegou aos cinemas. Então, um novo filme precisa ecoar os momentos mais icônicos dos outros três. Por isso, revemos o Interceptor, ainda que Max, agora vivido por Tom Hardy, só o dirija por alguns segundos. Também é por isso que o vilão, o já clássico Immortan Joe, é vivido por Hugh Keays-Byrne, o mesmo ator que deu vida ao Toecutter na primeira aparição do Guerreiro da Estrada, em 1979, com o acréscimo de uma máscara, como o Humungus de “A Caçada Continua”, e o apoio de um anão, como o Master/Blaster do terceiro. Leia mais
Ao pisar no cinema para uma sessão de “Branca de Neve e o Caçador”, uma coisa é certa: não há como essa abordagem para a fábula clássica ser pior do que “Espelho, Espelho Meu”, que estreou por aqui alguns meses atrás. Isso não quer dizer que estamos diante de um clássico instantâneo do cinema, muito pelo contrário. Leia mais