Os produtores de Tales From the Loop, nova série do Amazon Prime, falam sobre o processo criativo de adaptar pinturas para a TV
Leia maisAutorLuiz Gustavo Vilela
Com Cidade dos Piratas Otto Guerra mergulha em si mesmo e no universo estético de Laerte para entregar um filme-ensaio existencialista
Leia maisKarim Aïnouz, um dos mais importantes cineastas brasileiros, chega aos cinemas com o instigante A Vida Invisível
Leia maisO próprio Quentin Tarantino já fez essa divisão de sua obra. De um lado haveria uma espécie de universo real, ainda que ultra-violento, como em Cães de Aluguel (1992) e Pulp Fiction: Tempo de Violência (1994). De outro estariam abordagens ainda mais fantásticas, representadas em boa parte de sua obra recente, como Kill Bill (2002 e 2003), Bastardos Inglórios (2009) ou Django Livre (2012). Seriam estes últimos os filmes que os personagens de seus trabalhos dos anos 90 assistiriam para se divertir. Era Uma Vez Em… Hollywood (2019), que estreia esta semana no Brasil, de alguma forma concilia estes dois polos. Ainda que eles nunca tivessem sido exatamente opostos, não tiveram oportunidade de coexistir simultaneamente.
Leia maisLonga de Andrucha Waddington conta a história de Chacrinha, do início nas rádios ao fenômeno televisivo
A vontade de muitos realizadores brasileiros, a partir dos anos 80, de fazer cinema sempre foi curiosa, considerando que o Brasil, apesar de experiências de destaque, não possui tradição sólida na sétima arte. Não como países como EUA, França ou Japão, pelo menos. No espectro da produção audiovisual é a televisão o nosso marco estético mais poderoso. Curiosamente, o cinema tupiniquim começa a dar mostras de que está mudando seu ponto de partida, abraçando sem vergonha tanto a história quanto as imagens coletivas que vieram pela telinha, não a telona. Chacrinha – O Velho Guerreiro (2018), de Andrucha Waddington, que estreia na próxima semana nos cinemas brasileiros, ao menos, parece apontar para este caminho.
Leia maisEm 2018 a plataforma de streaming traz novas produções de Alfonso Cuarón, irmãos Coen e até mesmo Orson Welles para se firmar como produtora de cinema de qualidades
Em 2017 a vencedora moral do Festival de Cinema de Cannes foi a Netflix. A empresa de streaming emplacou duas produções na mostra competitiva: Okja, de Bong Joon-ho, e Os Meyerowitz: Família Não Se Escolhe, de Noah Baumbach – uma ficção científica humanística e anticapitalista sobre nossa relação com a alimentação e consumo e uma comédia dramática familiar encabeçada por ninguém menos que Adam Sandler e Ben Stiller (absolutamente inspirados, diga-se). Não por acaso, estes são dois dos melhores filmes da temporada passada. Três, se contarmos My Happy Family, de Nana Ekvtimishvili e Simon Groß, que não foi para a costa francesa, mas é um dos grandes destaques de qualidade do catálogo da plataforma. O exame existencial sobre as relações sociais da Georgia (o país) talvez seja o melhor filmes do ano passado, inclusive.
Leia maisQuarta versão da história clássica coloca Lady Gaga e Bradley Cooper como casal ligado pela música
A cada intervalo de mais ou menos duas décadas o mundo é agraciado com uma nova versão de Nasce Uma Estrela (A Star is Born), todas apreendendo parte do espírito do tempo a seu modo particular. A original, de 37, com Janet Gaynor, era sobre uma jovem do interior que aspirava fama e fortuna em Hollywood. Em 54 era Judy Garland quem assumia o papel usando musicais como metacomentário, fazendo a transição temática do cinema para a música que se solidificou no filme de 76, com Barbra Streisand. Se a década de 90 não teve sua versão – é possível argumentar em favor de Showgirls (1995), de Paul Verhoeven, porém –, em 2018 Bradley Cooper nos mostra sua visão para essa história. Leia mais
As sitcoms contemporâneas oferecem empatia como alternativa diante da miséria humana
Há certo consenso de que vivemos a era de ouro da produção televisiva estadunidense. O fluxo de dinheiro e criatividade foi parcialmente redirecionado dos grandes estúdios de cinema de Los Angeles para a os canais de TV de Nova York, resultando em produções muito mais ambiciosas visualmente e profundas tematicamente. Da meditação sobre a natureza do mal humano em Breaking Bad aos cenários impressionantes de Game of Thrones, das imagens lovecraftianas da primeira temporada de True Detective ao surrealismo psicótico e psicodélico de Legião, as séries se tornaram um ponto central do debate cultural. Leia mais
Shane Black, responsável por Dois Caras Legais, assume o novo filme da franquia dos caçadores do espaço
Difícil pensar em um diretor melhor para assumir este novo O Predador (The Predator, 2018) do que Shane Black. Ainda como ator esteve em O Predador (Predator, 1987), de John McTiernan, na pele de Hawkins, o primeiro a morrer. Predador 2: A Caçada Continua (Predator 2, 1990), de Stephen Hopkins, deve muito de sua estética à Máquina Mortífera (Lethal Weapon, 1987), de Richard Donner, roteiro escrito por Black. O terceiro, Predadores (Predators, 2010), de Nimród Antal, não tem suas marcas e fez um resultado abaixo do esperado nas bilheterias. Melhor com ele, devem ter pensado os executivos da Fox. Leia mais
Documentário Histórias que Nosso Cinema (não) Contava, de Fernanda Pessoa, revela que as famigeradas Pornochanchadas tinham bem mais que gente pelada para mostrar
Apesar das constantes demonstrações de inegável qualidade, há quem insista em afirmar que o cinema nacional é de segunda categoria, em eterno débito para com os blockbusters estadunidenses ou com o cinema de arte europeu, seja lá o que isso queira dizer na prática. Muito do preconceito encontra sua origem na década de 1970, quando a Ditadura Brasileira balanceava o endurecimento com uma nada saudável confusão entre liberdade e libertinagem. Nascia a Pornochanchada, subgênero mais brasileiro impossível, preocupado com nudez, cenas de sexo e alienação. Leia mais